sábado, 7 de junho de 2008

GESTÃO COM RESPONSABILIDADE SOCIAL


O assunto responsabilidade social está na moda no meio corporativo. Cada vez mais as pessoas têm se voltado a esta questão. Isso mostra que os gestores estão se dando conta da responsabilidade que têm frente à valorização das pessoas, seja em relação ao meio ambiente ou a quaisquer outros fatores relacionadas ao bem estar social. No entanto, é preciso entender a diferença entre caridade e responsabilidade social. “É um equívoco pensar que apoiar e desenvolver projetos sociais já transforma uma empresa em uma entidade socialmente responsável! A atuação da empresa socialmente responsável vai além de proporcionar lucro financeiro. Algumas organizações como O Boticário, Natura, ABN Amro Bank e Petrobras são referências, no âmbito nacional e internacional, em relação à responsabilidade social. Apesar de as grandes empresas ganharem, geralmente, maior visibilidade em virtude de altos volumes investidos, é importante destacar que as micros, pequenas e médias empresas também dão valor ao campo social, segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em 2000. Ou seja, qualquer tipo de empresa pode investir em ações de responsabilidade social” (Revista FAE BUSINESS, número 9, setembro 2004, p. 24-25). Segundo o consultor Ryon Braga, "Muitas instituições investem em projetos de extensão específicos e pensam que assim estão construindo algo em torno da responsabilidade social. O engano é imenso, já que o conceito de responsabilidade social é bem mais amplo". Isto significa que uma ação isolada, cuja comunidade é a única beneficiada, não se traduz especificamente em responsabilidade social. Uma gestão com responsabilidade social prega o respeito ao ambiente físico e social, encoraja ações de transformação junto a comunidades e defende a honestidade e a integridade no que faz. Assumindo a responsabilidade social o empresário externa o pensamento consciente de que deseja fomentar uma “tecnologia social” para enfrentar os problemas da coletividade e juntamente com o Estado, construir uma sociedade mais justa, democrática e menos desigual. “A consciência ecológica e social tem gerado oportunidades econômicas significativas para a criação de novos negócios. No Brasil, os resultados de uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE) revelaram que 63% dos entrevistados estariam dispostos a pagar mais por um produto se parte do valor arrecadado fosse destinada a projetos de proteção ambiental. Na mesma pesquisa, constatou-se que 52% dos consumidores abandonariam seu fornecedor preferencial de um produto ou serviço se ele causasse algum prejuízo sócio-ambiental” (André Gustavo Carvalho Machado, Doutor em Administração e Professor da UFPB). Para Rafael Villas Boas, gerente de Marketing da CM News Consultoria, “a responsabilidade é sem dúvida um diferencial competitivo. As instituições que aprenderem isso mais rápido ganharão mais espaço no mercado perante aquelas que não se adaptarem". Isso denota o quanto a responsabilidade social é importante para o desenvolvimento sustentável da sociedade e para a sustentabilidade empresarial.